segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Conversa de bar

Outro dia, estava no bar de sempre com alguns amigos. Os bons. Os que não prestavam, apenas prestavam para mim justamente por não prestar para muita gente. Nós fumávamos e bebíamos cerveja, discutindo assuntos diferentes. Até que então, ouvi algo que me desagradou. Meu amigo estava se referindo a uma garota como sua alguma coisa.
- Já disse a você, chame-a pelo nome. Ela não é sua, nem era.
- É foda, eu não a chamava assim. Eu chamava pelo nome, essa brisa veio agora. Bagulho estranho do caralho.
Dei um trago no cigarro. Incrível como era fácil se apegar a alguém e praticamente impossível esquecer com a mesma facilidade.
- Vai ver é sentimento de posse. Pessoas não são objetos e ninguém é de ninguém.
- Então – ele deu uma tragada no cigarro -, eu sou meu e você é sua.
- E ela é dela, e aquele lá – senti um gosto amargo na garganta – é dele. Ou dela, vai saber.
- Aquele lá que era teu?
Que coisa horrível de se dizer, pensei.
- Cristo! Não fale assim.

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