quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Dores noturnas

Você quer dormir. Deita na cama, se cobre e fecha os olhos. Seus ossos moídos pelo cansaço precisam de horas de sono.

O sono não vem.

Você insiste. Continua de olhos cerrados e tenta se concentrar em algo que dê sono. Você sente uma angústia horrível, e sente seus olhos lacrimejando.

A dor da incerteza aflora em seus olhos.

Você levanta, enxugando o rosto já coberto de lágrimas. Procura o cigarro com violência desnecessária. Você treme de ódio quando tenta acendê-lo.

O primeiro trago te acalma.

Você fuma mais um. E mais, e mais, e mais. A falta de sono e tanta dor acumulada acabando com sua noite aos poucos.

Ninguém se importa.

Você também não. Não importa a dor, desde que você sinta. Não importa se você não dorme, desde que você compreenda tudo. Não importa nada, desde que você ganhe.

De todos eles.


Antigas

Ciúme, a desgraça da minha vida. Não é algo que eu goste de sentir. Mas é inevitável. Não gosto que encostem, não quero que se aproximem. Sorrisos e abraços demais me incomodam. E declarações inesperadas me corroem por dentro. Imagina se alguém tenta levar embora o que é meu?
Eu sinto dizer, mas um dia toda essa possessividade vai me matar de ódio. E esse ciúme absurdo, vai me deixar sozinha no fim dos dias.

"Vigiei só para garantir. Infernizei, controlei cada segundo. Liguei só pra verificar. Te cerquei, coloquei escuta, grampeei o telefone. Ameacei violência, apaguei o seu passado (odiei não estar lá).
Quebrei presentes sabe-se lá de quem. Rasguei fotos sei muito bem de quem. Queimei cartas que não escrevi, não! Não deixei, proibi, não permiti. Roupas, gestos, sorrisos que não consenti"

On fire.

So much more than empty conversation filled with empty words

When I'm on fire when you're near me
I'm on fire when you speak
I'm on fire burning at these mysteries

Switchfoot.