segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Quero ser primavera.

Hesitando, eu caí. É difícil fazer uma mudança. Fácil ser quem você é quando ninguém sabe seu nome. No passado, os únicos muros com olhos eram tão gelados quanto pedras. Subi pra dentro do vazio. É seguro somente quando você está sozinho. E todo esse tempo, eu vivi sozinha sem uma memória, construí uma vida sobre o chão que é indigno de ter meus pés.  Pisei fora da miséria para uma vez – ao menos uma vez – me sentir viva.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Fire.

Hey, I'm feeling tired, my time is gone today.

Meu tempo acabou. E recebi parabéns de coisas que eu não desejava, e nem queria fazer. O outro lado está rindo agora. E eu? Simples. Cansei de vocês. Vou agir com crueldade.

You flirt with suicide, sometimes that's ok.

Desta vez, não é bom. Acha mesmo que tudo está como em seu plano, aparentemente infalível? A sua maior falha é pensar que eu não posso fazer nada. Está brincando com fogo. O fogo queima, mamãe não avisou?

Falling away from me, falling away from me.

Fique longe de mim, meu bem. É tudo pro seu bem. Eu juro, nunca quis que tudo fosse desta maneira. Mas você é infantil e quer me destroçar. Doce ilusão. Precisa de muito mais do que suas intriguinhas toscas pra me atingir.
Obrigada por me mostrar que, de você, eu não preciso e NUNCA precisei.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Memories.

Lento como o tempo que não quer passar
Dorme pelos cantos e me faz pensar
Certo como um corte que não quer doer
Olho pro espelho sem me conhecer.


Eu queria poder voltar no tempo. Faria muitas coisas da forma que eu queria que fossem feitas e talvez - somente talvez - tudo estivesse bem agora. Mas não. Máquinas do tempo não existem, e minhas palavras não vão resolver nem metade dos meus problemas.
Sinceramente? Eu cansei. Cansei dessa infantilidade toda. Quer ser meu amigo, muito bem. Quer ser inimigo, foda-se. Nunca me importei muito com quem anda na altura da poeira de meus sapatos.

 
Vou fingir que nunca te vi.
Vou viver sem ter onde ir.

Quero que esse sacerdote vá pro quinto dos infernos, junto com toda a trupe dele. Caralho, me esquece. Finge que nunca me conheceu, não tenta mais me atingir de formas estúpidas. Esquece a fadinha, deixe que ela morra, mas que morra bem longe de você. Não se importe mais, segue sua vida. Eu não acredito no seu amor, e duvido que um dia ele existiu. Esquece tudo, esquece todos os dias que você me viu, todos os dias que eu tive ataque de idiotice e fiquei te perturbando. Esquece tudo o que eu disse, enterra tudo isso e deixe que morra.

Até cansar de respirar você.

Gás tóxico. Eu estou em meio a uma nuvem de poluição, algo que vai acabar me matando se eu não correr pra algum lugar ou se não prender a respiração. Vou cansar de respirar isso, até morrer logo de uma vez. Parece que estou tomando veneno. Os meus olhos abrigam uma tristeza que não me é normal. E o meu rosto tornou-se inexpressivo. Deve ser muita raiva ou muita decepção concentrada.

Arde tanto a ponto de enloquecer.

Ódio, ódio, ódio. Estou queimando de tanto ódio. Foda-se se eu preciso de ajuda, eu acho que não. O que eu preciso, é de uma serra elétrica pra sair estraçalhando os malditos que estão no meu caminho. Nunca vi tanta gente se importar com o que eu faço. Nunca vi tantos cretinos atrapalharem meus planos.