segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Conversa de bar

Outro dia, estava no bar de sempre com alguns amigos. Os bons. Os que não prestavam, apenas prestavam para mim justamente por não prestar para muita gente. Nós fumávamos e bebíamos cerveja, discutindo assuntos diferentes. Até que então, ouvi algo que me desagradou. Meu amigo estava se referindo a uma garota como sua alguma coisa.
- Já disse a você, chame-a pelo nome. Ela não é sua, nem era.
- É foda, eu não a chamava assim. Eu chamava pelo nome, essa brisa veio agora. Bagulho estranho do caralho.
Dei um trago no cigarro. Incrível como era fácil se apegar a alguém e praticamente impossível esquecer com a mesma facilidade.
- Vai ver é sentimento de posse. Pessoas não são objetos e ninguém é de ninguém.
- Então – ele deu uma tragada no cigarro -, eu sou meu e você é sua.
- E ela é dela, e aquele lá – senti um gosto amargo na garganta – é dele. Ou dela, vai saber.
- Aquele lá que era teu?
Que coisa horrível de se dizer, pensei.
- Cristo! Não fale assim.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Ao que é bom nessa vida

Tudo mudou, o que foi que aconteceu que de repente acordamos nesses dias? Ainda posso sentir o sabor do que a gente perdeu. E ainda penso em você, acredita? Fomos tolos e egoístas pra crescer, crescer sem alegria. Dizer "pra sempre" é bem menos do que sentir na carne querer de verdade. Têm coisas que não vão sumir, você sabe. Tem um lugar em mim que é só teu e nada vai mudar porque é meu. Mesmo que a gente deixe errado o que gente escolheu...
Vem dar valor ao que é bom nessa vida, que é tolice viver por viver e já é dia de deixar pra trás a dor e o "tanto faz", é cedo ainda. 

- Dance of Days.


De volta! Eu, meu coração triste e um pouco mais de insônia.