Primeiro, eram as cores. Estavam lá, intactas. Puras. Assim como sua alma.
Seu ódio estava contido em suas veias (latejantes). Jorrava seu sangue nas telas. E lembrava-se do sangue que escorria dela, ao cometer o ato quase homicida. Não me importa a dor, desde que eu possa sentir. Uma obra de arte, uma autobiografia desenhada e suja. Força nos pincéis, buracos nas telas. Gritos de rancor. Um corpo sem vida. Você, onde está? Alma podre.
Em seguida, os gritos. Soluços, lamúrias. E pedidos. Por favor!
Jamais serei sua. Pregou as mãos na casta pele alva, colou a boca nos delicados lábios rosados. Movimentos bruscos, desvairados. Penetrando a pele, rasgando o íntimo e clamando por sangue. Quero sentir sua dor. A alma dela outrora pura, ia descobrindo um outro sentido. Você é minha. Tinha fome daquela carne, o gosto amargo do que era tomado a força. Queria ouvir seus gritos, entoando a canção triste em seus ouvidos. O desespero. Tenho sede do seu sangue, minha menina.
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