Outro dia, estava no bar de sempre com alguns amigos. Os bons. Os que não prestavam, apenas prestavam para mim justamente por não prestar para muita gente. Nós fumávamos e bebíamos cerveja, discutindo assuntos diferentes. Até que então, ouvi algo que me desagradou. Meu amigo estava se referindo a uma garota como sua alguma coisa.
- Já disse a você, chame-a pelo nome. Ela não é sua, nem era.
- É foda, eu não a chamava assim. Eu chamava pelo nome, essa brisa veio agora. Bagulho estranho do caralho.
Dei um trago no cigarro. Incrível como era fácil se apegar a alguém e praticamente impossível esquecer com a mesma facilidade.
- Vai ver é sentimento de posse. Pessoas não são objetos e ninguém é de ninguém.
- Então – ele deu uma tragada no cigarro -, eu sou meu e você é sua.
- E ela é dela, e aquele lá – senti um gosto amargo na garganta – é dele. Ou dela, vai saber.
- Aquele lá que era teu?
Que coisa horrível de se dizer, pensei.
- Cristo! Não fale assim.
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